Documentação para viagens internacionais
Documentos para viajar ao exterior (2025) sem perrengue: passo a passo claro e atualizado
Guia direto ao ponto: o que você realmente precisa em 2025 — passaporte, vistos e autorizações eletrônicas, seguro, vacinas, comprovantes para a imigração, regras para menores e um checklist final para embarcar sem sustos.
O que você precisa saber sobre documentação
“Documentação de viagem” é o conjunto de requisitos que permite sua entrada legal em outro país: validade do passaporte, necessidade (ou não) de visto e/ou autorização eletrônica, seguro quando exigido, vacinas e comprovantes de hospedagem, fundos e passagem de saída. Em 2025, muitas regras mudaram (e ainda estão mudando), então planejar com informação atual é o que separa uma viagem tranquila de um perrengue no balcão do check‑in.
Documentos obrigatórios

📋 Passaporte (o básico que evita perrengue)
Validade: a “regra dos 6 meses” ainda é referência em vários destinos. Para os EUA, brasileiros podem entrar com passaporte válido pelo período da estadia (não precisa 6 meses), mas evite viajar no limite — companhias aéreas e conexões podem exigir folga.
Páginas livres: tenha pelo menos 2 páginas em branco.
Estado físico: nada de capa destruída, folhas soltas ou documento molhado. Se estiver danificado, renove.
📋 Vistos e autorizações (passaporte brasileiro)
Estados Unidos
- Turismo/negócios: exige visto B1/B2. Brasileiros não usam ESTA.
- Trânsito: conexão em aeroporto americano também requer visto adequado (C ou B1/B2, conforme o itinerário).
Reino Unido
- Visitas até 6 meses: sem visto, mas é obrigatório obter a ETA (autorização eletrônica) antes de viajar.
- Validade/valor: a ETA custa £16 e vale por 2 anos (ou até o passaporte vencer), com múltiplas entradas.
Espaço Schengen (Portugal, Espanha, Itália, França e demais)
- Turismo: até 90 dias dentro de 180, sem visto para brasileiros.
- Novo sistema EES: começa em 12 de outubro de 2025 e será implantado de forma gradual — biometria e registro eletrônico substituem o carimbo manual.
- ETIAS: autorização eletrônica da UE entra no final de 2026 (ainda não é exigida em 2025).
Canadá
- Brasileiros podem precisar de visto ou, se elegíveis, apenas de eTA (entrada aérea). A elegibilidade depende do histórico do viajante; verifique seu caso antes de emitir passagens não reembolsáveis.
México
- Visto físico obrigatório para brasileiros (inclusive em trânsito), salvo isenções para quem possui visto válido ou residência permanente de países como EUA, Canadá, Reino Unido ou do Espaço Schengen.
China
- Isenção de visto para brasileiros por até 30 dias no período de 1º de junho de 2025 a 31 de maio de 2026 (projeto‑piloto). Antes de viajar, confirme se foi prorrogado.
Japão
- Isento de visto para estadias de até 90 dias para quem tem passaporte eletrônico (e‑passport).
Coreia do Sul
- Turismo curto sem visto, mas é obrigatório solicitar a K‑ETA antes do embarque (há isenções por idade em casos específicos).
Austrália
- Brasileiros não usam o ETA automático; para turismo, o caminho usual é o Visitor visa (subclass 600), solicitado on‑line.
Passo a passo completo
- Passaporte: renove se faltar menos de 6 meses para a data de retorno; garanta 2 páginas livres.
- Roteiro e conexões: verifique cada país do trajeto (inclusive conexões) para saber se exige visto e/ou autorização eletrônica:
- EUA: visto B1/B2 (ou C para trânsito, conforme o caso).
- Reino Unido: ETA obrigatória (até 6 meses por visita).
- Canadá: visto ou eTA (apenas para elegíveis e chegada aérea).
- Schengen: até 90/180 sem visto; EES a partir de 12/10/2025; ETIAS só no fim de 2026.
- México: visto, salvo isenções por vistos/residências de terceiros países.
- Japão: isento com e‑passport.
- Coreia do Sul: K‑ETA obrigatória (ver isenções por idade).
- China: isenção de 30 dias no piloto 2025–2026 (confirme vigência).
- Austrália: Visitor visa (subclass 600).
- Autorizações eletrônicas (ETA/K‑ETA/eTA): solicite antes de pagar hospedagens não reembolsáveis.
- Seguro viagem: contrate; em vistos Schengen, cobertura mínima €30.000 com repatriação.
- Vacinas:
- COVID‑19: a maioria dos países removeu exigências específicas.
- Febre amarela (CIVP): pode ser exigida conforme destino ou conexão. O certificado vale por toda a vida a partir de 10 dias após a aplicação.
- Comprovantes: leve reserva de hospedagem (ou carta‑convite), passagem de saída do país e fundos para a estadia.
- Espanha: referência de €118/dia (ou €1.065 a partir de 9 dias).
- Portugal: referência de €75 por entrada + €40/dia em curtas estadias.
- Cópias e backups: salve documentos no celular (offline) e na nuvem.
- Última checagem (48–72h antes): confirme aprovações de autorizações, seguro ativo e arquivos acessíveis offline.
Prazos importantes
Antes da viagem: inicie verificação de vistos/autorizações com 4 a 8 semanas de antecedência (ou mais em alta temporada). Passaporte: renove com meses de folga.
Processamento: autorizações eletrônicas costumam sair rápido, mas podem pedir informações extra; vistos formais podem levar semanas.
Validade: verifique a validade das autorizações (ex.: ETA UK por 2 anos) e se cobrem todo o período da viagem.
Dica: mudanças normativas são frequentes em 2025; confira as regras oficiais na véspera do embarque.
Onde fazer (por tema)
🏛️ Passaporte
Brasil: solicite/renove junto à Polícia Federal; leve originais exigidos e pague a GRU. Agende com antecedência.
🏛️ Vistos e autorizações
Países: vistos formais em embaixadas/consulados ou plataformas oficiais; autorizações eletrônicas (ETA, eTA, K‑ETA) são on‑line, com pagamento e resposta por e‑mail/app.
Quanto custa tudo (estimativas usuais)
Passaporte brasileiro: taxa de emissão conforme tabela vigente no Brasil.
Autorizações:
– ETA Reino Unido: £16 (válida por 2 anos).
– eTA Canadá: valor em dólares canadenses (apenas para elegíveis, entrada aérea).
– K‑ETA Coreia: taxa em won (valor atualizado no site oficial).
Seguro viagem: varia pela idade/tempo/cobertura; para Schengen, mínimo €30.000 com repatriação.
Vacinas: rede pública ou particular; emissão do CIVP é gratuita.
Dica: some custo + prazo de cada item antes de emitir voos não reembolsáveis.
Problemas comuns (e soluções)
❌ Passaporte com validade “no limite”
Companhias podem barrar o embarque mesmo quando o país de destino aceita validade menor.
Solução: renove com meses de antecedência e evite conexões em países com regra de 6 meses.
❌ Conexão sem visto necessário
Trânsito em países como EUA e México pode exigir visto mesmo sem sair da área internacional.
Solução: verifique regras de trânsito de cada conexão ao montar o roteiro.
❌ Autorizações eletrônicas negadas
Prazos curtos e dados inconsistentes geram recusa.
Solução: aplique com antecedência, revise dados e tenha plano B (visto alternativo/roteiro diferente).
Dicas de especialistas
- Nunca viaje com documentação “apertada” (validade, páginas, autorizações pendentes).
- Monte o roteiro incluindo conexões como países “visitados” no checklist.
- Tenha comprovantes claros: reservas, seguro, fundos e passagem de saída.
- Em viagens longas à Europa, acompanhe a regra 90/180 — o EES registrará eletronicamente suas entradas/saídas.
Sumário leva-e-traz
- Passaporte: 6 meses de folga é a margem segura; para EUA, basta cobrir a estadia, mas evite limites.
- Schengen: 90/180 sem visto; EES a partir de 12/10/2025; ETIAS só no fim de 2026.
- Reino Unido: ETA obrigatória; £16, válida por 2 anos.
- México: visto para brasileiros, com isenções se você tiver vistos/residências de países “chave”.
- China: isenção 30 dias no piloto 2025–2026 (confirme prorrogação).
- Seguro: leve sempre; para vistos Schengen, mínimo €30.000 + repatriação.
- Comprovantes: Espanha (~€118/dia) e Portugal (€75 por entrada + €40/dia) como referência.
Fechando
Com passaporte em ordem, visto/autorizações aprovados, seguro e comprovantes organizados, seu check‑in e a imigração fluem bem. Se pintar uma situação específica (dupla cidadania, estudo, trabalho, conexões complexas), diga seu destino e datas: preparo um checklist personalizado com as regrinhas do país — direto das fontes oficiais.